A prevenção de perdas é uma das principais preocupações do varejo e isso não ocorre por acaso.
Para termos uma ideia desse cenário, a “Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo Brasileiro 2024” apontou que o setor varejista apresentou uma alta aproximada de 10% no prejuízo relacionado às quebras do segmento.
Traduzindo em números, esse índice significa um gargalo de quase R$ 35 bilhões no faturamento das empresas.
O estudo indica ainda que os supermercados são os que mais sofrem com as perdas no varejo, graças a fatores que incluem:
- Furtos nas lojas;
- Erros operacionais de gestão de estoque e inventários;
- E produtos sem condição de venda.
Os números mostram que negligenciar a prevenção de perdas pode comprometer os resultados financeiros e a competitividade das empresas.
Além disso, muitos negócios do segmento varejista ainda cometem erros básicos que dificultam a redução de suas quebras.
O lado positivo é que, também segundo a ABRAPPE, houve um aumento de 27% no número de empresas que possuem área de prevenção de perdas.
Pensando nisso, neste artigo destaquei o papel da área de prevenção de perdas e oferecemos dicas de como superar as falhas mais comuns nos processos de controle de estoques.
Não deixe de conferir!
O que é e qual o papel da área de prevenção de perdas no varejo?
A prevenção de perdas, basicamente, envolve um conjunto de estratégias para identificar, controlar e reduzir o desperdício e as quebras nos estoques que, como vimos, impactam diretamente nos resultados financeiros do varejo.
Como também já destacado, essas perdas podem ser causadas por diferentes razões – incluindo desde furtos e fraudes, até falhas gerenciais na gestão e rotatividade dos estoques.
Sobre essas causas, a ABRAPPE indica um dado alarmante: segundo a associação, cerca de 84% das perdas estão relacionadas a quebras operacionais, furtos internos e externos e erros de inventário.
Esse número só reforça a importância do setor de prevenção de perdas, que atua justamente no sentido de monitorar processos, analisando dados e implementando melhorias contínuas que ajudem as empresas a reduzir os prejuízos e a otimizar a eficiência operacional.
Entre as funções do setor, podemos destacar:
- Análise de indicadores de perdas;
- Auditoria e controle de estoque e de inventários;
- Treinamento de equipes para prevenção;
- Uso de tecnologia para monitoramento e segurança nas lojas;
- Definição de estratégias para a redução de perdas;
- Diálogo contínuo com outros departamentos (como o financeiro e a alta gestão).
O sucesso da área de prevenção de perdas depende, nesse sentido, de boas práticas que incluem a união entre processos bem definidos, inovação de ponta, treinamento e valorização das equipes.
Desse modo, é possível não só garantir maior controle sobre as perdas no varejo, mas também potencializar uma cultura de segurança que beneficia consumidores e colaboradores.
5 erros na prevenção de perdas que você precisa evitar
Para que as empresas possam ser bem-sucedidas na prevenção de perdas no varejo, também é importante conhecer quais são os erros mais comuns na gestão desses processos.
Afinal de contas, ao ter clareza sobre as falhas operacionais do setor, é possível definir caminhos e padrões operacionais mais eficazes e que podem reduzir os impactos das empresas.
Veja então uma lista com os 5 principais erros na prevenção de perdas no varejo!
1. Minimizar o impacto das perdas nos resultados
Um erro comum é subestimar o impacto financeiro das perdas no dia a dia do varejo.
Como observado no início, pequenas perdas diárias acumuladas ao longo do ano podem representar uma fatia significativa do faturamento de todo o setor.
Para evitar esse erro, o primeiro passo é quantificar as perdas e avaliar seu impacto real no lucro da empresa.
A partir desses dados, é possível adotar medidas estratégicas para minimizar os prejuízos.
2. Não fazer inventários regularmente
O controle de estoque é essencial para a prevenção de perdas, mas muitas empresas ainda negligenciam os inventários periódicos.
Sem essa prática, furtos internos ou externos, desvios e erros no controle dos estoques podem passar despercebidos, fato que potencializa desvios e desperdícios.
Uma medida importante, nesse sentido, é implementar um cronograma de inventários regulares, garantindo que as discrepâncias sejam identificadas e corrigidas com agilidade pelos gestores.
Além do inventário, a equipe de prevenção de perdas deve analisar todas as movimentações de estoque, garantindo assim uma visão mais precisa, evitando erros e fraudes.
3. Não calcular o índice de perdas médio das lojas
Muitas empresas não acompanham os índices de perdas individualmente por loja.
Sem essa análise detalhada, é difícil identificar quais unidades precisam de ajustes e quais práticas positivas podem ser replicadas em uma rede.
O ideal é calcular o índice médio de perdas por loja e comparar os resultados.
Dessa forma, é possível identificar padrões, corrigir falhas e aplicar soluções estratégicas capazes de otimizar os resultados operacionais.
4. Não investigar a causa raiz das perdas
A simples identificação de perdas não é suficiente para corrigi-las. Um erro frequente é tratar as consequências sem investigar as verdadeiras causas dos problemas.
É essencial ir além dos números e realizar uma análise detalhada para entender o que está gerando as perdas. Pode ser um problema operacional, falhas de segurança ou falta de treinamento da equipe.
Além disso, entender quais áreas enfrentam maiores riscos de perdas é também um passo decisivo para o sucesso no controle destes impactos.
Em supermercados, por exemplo, a categoria de FLV (frutas, legumes e verduras), responde por 65% das perdas, segundo um levantamento recente feito pelo Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga).
5. Não investir nos pilares: pessoas, processos e tecnologia
A prevenção de perdas depende da integração de três pilares fundamentais para o crescimento do varejo: pessoas, processos e tecnologia.
Isso significa que, para que a área de prevenção tenha sucesso na construção de uma cultura de segurança e de otimização financeira, é necessário investir continuamente no:
- Treinamento das equipes sobre processos de segurança, controle de perdas e conscientização sobre desvios operacionais;
- Padronização, controle e melhoria contínua das rotinas de prevenção de perdas – incluindo desde a gestão dos estoque até a análise de indicadores estratégicos;
- Implementação de novas tecnologias de monitoramento e controle capazes de apoiar as empresas na prevenção de perdas.
Vale lembrar também que o responsável pela Prevenção de Perdas deve ter o perfil adequado à função. Habilidade analítica para coletar e interpretar dados, comunicação clara e eficaz, capacidade de se adaptar a novos desafios e principalmente orientação para resultados são características importantes para quem vai estar à frente do setor.
A negligência sobre qualquer um desses pilares impacta diretamente o sucesso das áreas de prevenção de perdas e é “sentida no bolso” dos varejistas.
Como prevenir as perdas no varejo? 3 estratégias essenciais!
Agora que você conhece os erros mais comuns, veja três estratégias que fazem a diferença na hora de otimizar as estratégias de prevenção de perdas no varejo!
1. Elabore um plano de prevenção de perdas
Um plano estruturado é essencial para reduzir perdas de forma eficaz no varejo.
Esse planejamento deve incluir, dentre outros pontos:
- A definição de metas e indicadores de perdas;
- Procedimentos para controle de estoque;
- Estratégias para evitar furtos e fraudes;
- Foco em processos com controle e ação contínua;
- Treinamento das equipes sobre boas práticas.
Contar com um plano de prevenção de perdas bem definido envolve ainda o alinhamento com diferentes áreas do negócio, de modo que todos os setores estejam alinhados e fortaleçam uma cultura de prevenção de perdas.
2. Invista em digitalização de processos de segurança
A tecnologia é uma grande aliada na prevenção de perdas.
Soluções como monitoramento por câmeras inteligentes, etiquetas antifurto e softwares de gestão de estoque ajudam a reduzir riscos e melhorar a eficiência operacional.
Além disso, a automação de processos minimiza erros humanos e proporciona maior controle sobre as operações do varejo, permitindo ainda que seus colaboradores se dediquem a atividades estratégicas para o crescimento da empresa.
3. Fortaleça uma cultura de prevenção
Finalmente, para que a área de prevenção de perdas seja realmente eficaz, é preciso criar uma cultura organizacional voltada para esse objetivo.
Isso significa envolver toda a empresa, desde os operadores de caixa – que têm um papel decisivo nos fluxos de checkout – até os gerentes e lideranças do negócio.
É por isso que, ao reforçar os pilares de pessoas, processos e tecnologia, o varejo tem muito mais chances de reduzir perdas, furtos e otimizar seus ganhos financeiros.
Treinamentos contínuos, comunicação interna eficiente e soluções práticas que facilitam o dia a dia das operações, ajudam a manter esse compromisso ativo, favorecendo o crescimento de longo prazo das empresas.
Conte com a Inwave para potencializar a prevenção de perdas no varejo
A tecnologia, como destacado, é um dos pilares essenciais para otimizar a prevenção de perdas e a Inwave oferece soluções inovadoras para essa área tão importante para o varejo.
Com a Plataforma Darwin, por exemplo, sua empresa pode contar com:
- Monitoramento em tempo real;
- Inteligência artificial para análise de riscos;
- Automação de processos de segurança.
Além disso, a solução possibilita o cruzamento de dados de imagens e a gestão remota por meio de uma solução de fácil utilização que centraliza todo o controle das operações de frente de caixa em uma única ferramenta.
Dessa forma, a identificação de fraudes, furtos e erros operacionais se torna mais eficiente, reduzindo prejuízos, melhorando a segurança e garantindo uma experiência mais positiva para os seus clientes.
Tudo isso influencia na construção de uma cultura de prevenção, com times alinhados e processos bem executados.